Reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 40% face aos níveis de 1990 até 2030. É esta a meta que a União Europeia se fixou, que estima investimentos de cerca de 100 mil milhões de euros por ano em renovações e eficiência energética . Para além dos fundos públicos disponíveis, no entanto, a intervenção de instituições privadas será também e acima de tudo essencial, principalmente por parte dos bancos que fornecem crédito aos cidadãos.
É por esta razão que a Federação Europeia de Hipotecas - European Covered Bond Council (EMF - ECBC), uma instituição europeia, lançou uma iniciativa denominada " Energy Eficiente Mortgages Action Pla n" (EeMAP) e que envolve os principais bancos para promover hipotecas de eficiência energética no mercado. O objetivo do projeto é criar um círculo virtuoso entre as instituições de crédito e os seus clientes, que poderão aceder a empréstimos subsidiados para renovar a sua casa ou para comprar uma com baixo impacto ambiental.
Tudo para incentivar as chamadas hipotecas verdes, empréstimos concedidos por bancos a particulares para novas construções e reformas imobiliárias para energia e melhorias anti-sísmicas, com condições especiais que são convenientes para o cliente, como uma tarifa mais baixa ou mesmo uma tarifa variável que diminui progressivamente conforme o trabalho de melhoria da eficiência avança. Por sua vez, os particulares, através das hipotecas verdes, poderiam realizar ações de requalificação, beneficiando de imediato das vantagens em termos de redução das faturas de energia. Uma casa que, depois de renovada, passa da classe energética E para a B, garante poupanças de até 24 mil euros nos próximos 30 anos, segundo especialistas da Comissão Europeia. Além disso, não há dúvida de que a eficiência energética pode reduzir a desvalorização do valor do imóvel no longo prazo.
O lançamento de hipotecas verdes na Itália começará com uma fase experimental inicial a partir de junho e caberá aos vários bancos aderirem oferecendo empréstimos ad hoc aos clientes.